quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Três amigas do trabalho resolveram se juntar para comemorar seus aniversários juntas. Gosto das três. Três das mais chegadas. Já comprei os presentes. Tenho roupa para ir. Por que mesmo eu não quero ir?
Ah, claro, pq eu quero ficar deitada na minha cama para sempre, comendo e vendo CSI.
nnnnnnnnnn
Tenho que comprar coisas para kit. Ainda falta instalar a porta de correr. Falta tb o espelho e o box, sendo que esse último eu já encomendei. Cansada disso tudo.
nnnnnnnnnn
Preciso juntar dinheiro.
Fiquei suspresa de saber que uma amiga minha guarda metade do que ela ganha. Tudo bem que ela ganha o dobro do que eu, mas mesmo assim é muito.
Seria bom trocar de carro. E quero viajar para o Chile em outubro.
Dinheiro, sempre dinheiro.
nnnnnnnnnn
Todos nós sempre queremos muitas coisas. Por que é tão difícil colocar em prática? Por que tantas recaídas quando eu já começava a acreditar que estava melhor? Isso é crueldade.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Uma noite eu cheguei em casa do curso de espanhol e vi imagens de um incêndio na tv. Ainda perto da porta, meus pais me disseram que um avião da TAM havia saído da pista e batido em um prédio.
Ali eu estava, ali eu fiquei, até que minha mãe me mandou entrar em casa de verdade.
Não gosto das coberturas da imprensa. Não gosto do sensacionalismo e das perguntas insistentes sobre o que não pode ser respondido agora. Como explicar que talvez não haja um culpado para quem ainda está sofrendo uma perda ( ou várias).
Tenho a impressão de estar vendo um filme sobre um desastre aéreo. Lembro de um filme muito antigo em que um avião caia em um lago congelado e poucas pessoas conseguiam ser salvas. Todos os filmes do gênero começam contando a vida de passageiros que depois vão deixar de existir. É assim que eu vejo as coisas acontecendo.
Vejo a tripulação em mais um dia de trabalho, conversando sobre o dia-a-dia enquanto atende os passageiros. Um bebê no colo da mãe. Irmãos brigando como sempre fazem os irmãos. Uma família inteira voltando de um passeio de férias. Um grupo de amigas tirando foto do início da viagem. Alguém chegando correndo para não perder o vôo.
Vejo vidas que não existem mais. Aquelas pessoas existiam e, de uma hora para outra, não existem mais. Elas estavam alegres ou tristes, renovadas depois das férias ou preocupadas com trabalho, apaixonadas ou decepcionadas. Todas tinham um destino. Elas tinham sonhos, futuro e família. Tinham também malas, celulares e brinquedos.
E para quem fica, como superar esse trauma? Como sobreviver à morte de um filho? Uma mãe perdeu não só um, mas dois filhos e caiu no total desespero para todo o país ver. Outra perdou ainda a própria mãe. Nesse caso, para quem recorrer e pedir colo?
Quem ficou não tem como velar os entes queridos. Elas vão enterrar um caixão e poderão visitar um lápide nos dia dos finados. Como acreditar na morte sem ver a pessoa falecida? Vai ficar sempre uma sensação de que a qualquer momento aquela pessoa vai chegar da rua normalmente. Faz parte do luto derramar lágrimas sobre um rosto imóvel. Parece mórbido, mas é experiência própria.
Além da dor da perda, há ainda a dor por tudo o que se passou naquele avião. Não apenas os pilotos viram o acidente se aproximando. Todos sentiram o fim. Quando um aeronave aterrisa, tudo fica em pausa. Toda atenção é voltada para o pouso, para a pista que se aproxima, para a força dos freios. Aqueles olhos viram uma pista passar rápido demais. Quem estava naquele avião percebeu que ele não ia parar e sentiu os solavancos quando os pneus passaram pela grama.
Dor pela dúvida do que aconteceu. Sinceramente espero que o choque tenha sido realmente forte. Quem não faleceu na hora estava inconsciente no momento da explosão. É nisso o que eu quero acreditar. E não quero pensar na leitura do conteúdo da caixa-preta. Não quero lembrar das últimas palavras dos pilotos, muito menos da menção aos gritos femininos descritos pelos técnicos.
Sem sombra de dúvidas, a dor maior é dos familiares e amigos, mas não é só deles. Todos nós sofremos um pouco dessa dor. Até o presidente do Brasil afirmou ter sentido essa dor. Disse também que vai se responsabilizar pela apuração dos acidente.
Bem, outra dor. Ele vai se responsabilizar é? Tá. Quando eu posso começar a vaiar?
É, meu blog é meu diarinho na net. O que posso fazer? Eu sou dos anos 80, da geração que guardava segredos escritos com canetas dez cores e em códigos criados por mim mesma em diário de cadeados.


Sim, eu sumi, mas nem foi culpa minha. Não tanto minha. Vou explicar.

nnnnnnnnnn

O teclado do computador fixo, de onde posso acessar a net de casa, não me deixa escrever direito. Não tem v, m, x ou c. Outra também devem estar faltando, mas sem essas não posso acessar meus e-mails.

Aí alguém me pergunta: Por que não troca logo o teclado?

Bem, não troco pq vamos abrir mão deste computador e ficar cada um com seu notebbok. Além disso, vou me mudar, mas isso é assunto para o próximo tópico.

nnnnnnnnnn

Vou me mudar !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! eeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!

Tem umas três semanas que estou dizendo isso. Acabei não passando meu aniversário na kit. Mas, segundo o marceneiro, sábado ele termina. Quero fazer uma limpeza no domingo e mudar.

eeeeeeeeeeeeeeeeee !!!!!!!!!!!!!!

nnnnnnnnnn

Eu tenho um bule de chá. Esse aí da foto. Fofo.

Agora eu quero o açucareiro da mesma linha da marca Taeq.

Quero também um jogo de jantar novo (provavelmente será branco e quadrado), copos novos, toalha de mesa e de banho.

Tudo tão lindo. Fico louca com as coisas de casa que vejo nas lojas.

nnnnnnnnnn

Nada como pagar a língua, não é minha gente? Estou cada vez igual a minha mãe e tia. Deve estar no sangue querer uma casa assim toda perfeitinha. Pena que não veio na carga genética a capacidade de deixar a casa toda perfeitinha

kkkkk

nnnnnnnnnn

Ganhei de aniversário:

jogo de taças

luva e porta-copos combinando com a casa

um trequinho cheiroso que vou colocar no banheiro

sanduicheira

jogo de quarto

uma blusa bordada

prateleiras modernosas para a casa

e

meu anel de união estável

eeeeeeeeeeeeeeee !!!!!!!!!!!!!

nnnnnnnnn

Vamos treinar:

"Você é casada?"

"Sim, eu sou."

Ou então:

"Oi, esse aqui é meu marido."

nnnnnnnnnn

Fui a uma consulta médica e me perguntaram meu estado civil. Fiquei calada. Foi engraçado.

nnnnnnnnnn

Fase de consultas médicas abertas.

Fui a gineco e fiz exames que ela pediu. Coisinha constrangedora ficar lá deitada enquanto um cara fica passando um treco melequento em mim. Eu com cara de nada enquanto ele me via por dentro.

Pior do que isso? Fui tb ao dentista. Amanhã começa meu tratamento. E vou pagar setecentos reais para esse sofrimento.

Acho que vou ter que ir a um urologista tb. Eu deveria ir a uma dermatologista, mas vou deixar para depois. Oftalmo nem pensar.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Três amigas do trabalho resolveram se juntar para comemorar seus aniversários juntas. Gosto das três. Três das mais chegadas. Já comprei os presentes. Tenho roupa para ir. Por que mesmo eu não quero ir?
Ah, claro, pq eu quero ficar deitada na minha cama para sempre, comendo e vendo CSI.
nnnnnnnnnn
Tenho que comprar coisas para kit. Ainda falta instalar a porta de correr. Falta tb o espelho e o box, sendo que esse último eu já encomendei. Cansada disso tudo.
nnnnnnnnnn
Preciso juntar dinheiro.
Fiquei suspresa de saber que uma amiga minha guarda metade do que ela ganha. Tudo bem que ela ganha o dobro do que eu, mas mesmo assim é muito.
Seria bom trocar de carro. E quero viajar para o Chile em outubro.
Dinheiro, sempre dinheiro.
nnnnnnnnnn
Todos nós sempre queremos muitas coisas. Por que é tão difícil colocar em prática? Por que tantas recaídas quando eu já começava a acreditar que estava melhor? Isso é crueldade.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Uma noite eu cheguei em casa do curso de espanhol e vi imagens de um incêndio na tv. Ainda perto da porta, meus pais me disseram que um avião da TAM havia saído da pista e batido em um prédio.
Ali eu estava, ali eu fiquei, até que minha mãe me mandou entrar em casa de verdade.
Não gosto das coberturas da imprensa. Não gosto do sensacionalismo e das perguntas insistentes sobre o que não pode ser respondido agora. Como explicar que talvez não haja um culpado para quem ainda está sofrendo uma perda ( ou várias).
Tenho a impressão de estar vendo um filme sobre um desastre aéreo. Lembro de um filme muito antigo em que um avião caia em um lago congelado e poucas pessoas conseguiam ser salvas. Todos os filmes do gênero começam contando a vida de passageiros que depois vão deixar de existir. É assim que eu vejo as coisas acontecendo.
Vejo a tripulação em mais um dia de trabalho, conversando sobre o dia-a-dia enquanto atende os passageiros. Um bebê no colo da mãe. Irmãos brigando como sempre fazem os irmãos. Uma família inteira voltando de um passeio de férias. Um grupo de amigas tirando foto do início da viagem. Alguém chegando correndo para não perder o vôo.
Vejo vidas que não existem mais. Aquelas pessoas existiam e, de uma hora para outra, não existem mais. Elas estavam alegres ou tristes, renovadas depois das férias ou preocupadas com trabalho, apaixonadas ou decepcionadas. Todas tinham um destino. Elas tinham sonhos, futuro e família. Tinham também malas, celulares e brinquedos.
E para quem fica, como superar esse trauma? Como sobreviver à morte de um filho? Uma mãe perdeu não só um, mas dois filhos e caiu no total desespero para todo o país ver. Outra perdou ainda a própria mãe. Nesse caso, para quem recorrer e pedir colo?
Quem ficou não tem como velar os entes queridos. Elas vão enterrar um caixão e poderão visitar um lápide nos dia dos finados. Como acreditar na morte sem ver a pessoa falecida? Vai ficar sempre uma sensação de que a qualquer momento aquela pessoa vai chegar da rua normalmente. Faz parte do luto derramar lágrimas sobre um rosto imóvel. Parece mórbido, mas é experiência própria.
Além da dor da perda, há ainda a dor por tudo o que se passou naquele avião. Não apenas os pilotos viram o acidente se aproximando. Todos sentiram o fim. Quando um aeronave aterrisa, tudo fica em pausa. Toda atenção é voltada para o pouso, para a pista que se aproxima, para a força dos freios. Aqueles olhos viram uma pista passar rápido demais. Quem estava naquele avião percebeu que ele não ia parar e sentiu os solavancos quando os pneus passaram pela grama.
Dor pela dúvida do que aconteceu. Sinceramente espero que o choque tenha sido realmente forte. Quem não faleceu na hora estava inconsciente no momento da explosão. É nisso o que eu quero acreditar. E não quero pensar na leitura do conteúdo da caixa-preta. Não quero lembrar das últimas palavras dos pilotos, muito menos da menção aos gritos femininos descritos pelos técnicos.
Sem sombra de dúvidas, a dor maior é dos familiares e amigos, mas não é só deles. Todos nós sofremos um pouco dessa dor. Até o presidente do Brasil afirmou ter sentido essa dor. Disse também que vai se responsabilizar pela apuração dos acidente.
Bem, outra dor. Ele vai se responsabilizar é? Tá. Quando eu posso começar a vaiar?
É, meu blog é meu diarinho na net. O que posso fazer? Eu sou dos anos 80, da geração que guardava segredos escritos com canetas dez cores e em códigos criados por mim mesma em diário de cadeados.


Sim, eu sumi, mas nem foi culpa minha. Não tanto minha. Vou explicar.

nnnnnnnnnn

O teclado do computador fixo, de onde posso acessar a net de casa, não me deixa escrever direito. Não tem v, m, x ou c. Outra também devem estar faltando, mas sem essas não posso acessar meus e-mails.

Aí alguém me pergunta: Por que não troca logo o teclado?

Bem, não troco pq vamos abrir mão deste computador e ficar cada um com seu notebbok. Além disso, vou me mudar, mas isso é assunto para o próximo tópico.

nnnnnnnnnn

Vou me mudar !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! eeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!

Tem umas três semanas que estou dizendo isso. Acabei não passando meu aniversário na kit. Mas, segundo o marceneiro, sábado ele termina. Quero fazer uma limpeza no domingo e mudar.

eeeeeeeeeeeeeeeeee !!!!!!!!!!!!!!

nnnnnnnnnn

Eu tenho um bule de chá. Esse aí da foto. Fofo.

Agora eu quero o açucareiro da mesma linha da marca Taeq.

Quero também um jogo de jantar novo (provavelmente será branco e quadrado), copos novos, toalha de mesa e de banho.

Tudo tão lindo. Fico louca com as coisas de casa que vejo nas lojas.

nnnnnnnnnn

Nada como pagar a língua, não é minha gente? Estou cada vez igual a minha mãe e tia. Deve estar no sangue querer uma casa assim toda perfeitinha. Pena que não veio na carga genética a capacidade de deixar a casa toda perfeitinha

kkkkk

nnnnnnnnnn

Ganhei de aniversário:

jogo de taças

luva e porta-copos combinando com a casa

um trequinho cheiroso que vou colocar no banheiro

sanduicheira

jogo de quarto

uma blusa bordada

prateleiras modernosas para a casa

e

meu anel de união estável

eeeeeeeeeeeeeeee !!!!!!!!!!!!!

nnnnnnnnn

Vamos treinar:

"Você é casada?"

"Sim, eu sou."

Ou então:

"Oi, esse aqui é meu marido."

nnnnnnnnnn

Fui a uma consulta médica e me perguntaram meu estado civil. Fiquei calada. Foi engraçado.

nnnnnnnnnn

Fase de consultas médicas abertas.

Fui a gineco e fiz exames que ela pediu. Coisinha constrangedora ficar lá deitada enquanto um cara fica passando um treco melequento em mim. Eu com cara de nada enquanto ele me via por dentro.

Pior do que isso? Fui tb ao dentista. Amanhã começa meu tratamento. E vou pagar setecentos reais para esse sofrimento.

Acho que vou ter que ir a um urologista tb. Eu deveria ir a uma dermatologista, mas vou deixar para depois. Oftalmo nem pensar.