terça-feira, 11 de maio de 2010

Riscos

Eu me arrisquei hoje. Um risco pela internet, mas um risco. Sim, eu pensei em cada letra de cada palavra, mas o ato em si não foi muito pensado. Eu quis mandar um e-mail e mandei sem considerar as consequências. No fundo, eu não achei que haveria uma resposta. Mas o retorno veio ... e me surpreendeu.
Há uma parte da minha vida que eu mantenho trancada dentro de mim. Na verdade, é uma parte de mim sobre a qual eu não penso muito porque tenho medo. É um assunto que já rendeu tanto choro, tanta tristeza ... para evitar trazer tudo de volta, eu mantenho tudo meio que suspenso. Será essa a causa de toda a confusão? Será que não encarar esse assunto me fez ficar doente?
Tento ser racional sobre ele e sobre mim (não sobre nós, porque não existe um "nós" há muito tempo). E racionalmente é isso que existe: duas pessoas que já foram muito íntimas, mas que a vida separou. Eu fiz o que pude para evitar essa separação? Sim. Fiz do jeito certo? Talvez não, mas é impossível saber com certeza. Não era para ser ...
Não era para ser, mas foi por um tempo. Foi amor, foi paixão, foi amizade e companheirismo. Tantos beijos e carinhos, mas também tantas conversas e risadas. Idas e voltas. Brilhos nos olhos e olhos vermelhos. Sim, por muito tempo foi muito bom. Mesmo quando não foi tão bom, pelo menos existia algo.
Então, é claro que eu sinto falta. Sinto falta até do que eu não vivi (e que na verdade é o que mais dói). A grande surpresa do meu e-mail impensado foi descobrir que eles também sente falta. Quantas vezes eu repeti que sentia falta das conversas, ainda que não houvesse mais um relacionamento amoroso. Bem, ele também sentiu falta das horas ao telefone. Ele até pensou em escrever, assim como eu planejei tantas vezes.
Eu me arrisquei e tive uma boa surpresa. Mesmo assim, meus olhos estão cheios d'água apesar de eu não saber bem o porquê. A resposta foi bonita e significou muito e isso já justificaria umas lágrimas em uma pessoa tão emocional como eu. São lágrimas de tristeza também, mesmo que eu não saiba bem entender essa melancolia.
Eu me arrisquei e tive uma pausa nesse estado de suspensão em que me coloquei e para o qual já estou retornando.

"Never apologize for showing feeling. When you do so, you apologize for truth". Benjamin Disraeli

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Riscos

Eu me arrisquei hoje. Um risco pela internet, mas um risco. Sim, eu pensei em cada letra de cada palavra, mas o ato em si não foi muito pensado. Eu quis mandar um e-mail e mandei sem considerar as consequências. No fundo, eu não achei que haveria uma resposta. Mas o retorno veio ... e me surpreendeu.
Há uma parte da minha vida que eu mantenho trancada dentro de mim. Na verdade, é uma parte de mim sobre a qual eu não penso muito porque tenho medo. É um assunto que já rendeu tanto choro, tanta tristeza ... para evitar trazer tudo de volta, eu mantenho tudo meio que suspenso. Será essa a causa de toda a confusão? Será que não encarar esse assunto me fez ficar doente?
Tento ser racional sobre ele e sobre mim (não sobre nós, porque não existe um "nós" há muito tempo). E racionalmente é isso que existe: duas pessoas que já foram muito íntimas, mas que a vida separou. Eu fiz o que pude para evitar essa separação? Sim. Fiz do jeito certo? Talvez não, mas é impossível saber com certeza. Não era para ser ...
Não era para ser, mas foi por um tempo. Foi amor, foi paixão, foi amizade e companheirismo. Tantos beijos e carinhos, mas também tantas conversas e risadas. Idas e voltas. Brilhos nos olhos e olhos vermelhos. Sim, por muito tempo foi muito bom. Mesmo quando não foi tão bom, pelo menos existia algo.
Então, é claro que eu sinto falta. Sinto falta até do que eu não vivi (e que na verdade é o que mais dói). A grande surpresa do meu e-mail impensado foi descobrir que eles também sente falta. Quantas vezes eu repeti que sentia falta das conversas, ainda que não houvesse mais um relacionamento amoroso. Bem, ele também sentiu falta das horas ao telefone. Ele até pensou em escrever, assim como eu planejei tantas vezes.
Eu me arrisquei e tive uma boa surpresa. Mesmo assim, meus olhos estão cheios d'água apesar de eu não saber bem o porquê. A resposta foi bonita e significou muito e isso já justificaria umas lágrimas em uma pessoa tão emocional como eu. São lágrimas de tristeza também, mesmo que eu não saiba bem entender essa melancolia.
Eu me arrisquei e tive uma pausa nesse estado de suspensão em que me coloquei e para o qual já estou retornando.

"Never apologize for showing feeling. When you do so, you apologize for truth". Benjamin Disraeli

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