Eu simplesmente devorei esse livro.
A protagonista da história é diagnosticada com um Alzheimer precoce. Ela tem 50 anos. Choque!
Tudo o que aborda o tema eu procuro ler e assisti, pois minha avó sofre desse mal. Se por um lado é doloroso ter contato com o tema, é também tranquilizador saber um pouco mais sobre a doença ( dá a sensação de que temos algum tipo de controle em uma situação que é tão desesperadora).
Em todas as obras, livros e filmes, que eu tive contato até agora, o mal de Alzheimer era tratado pela visão de quem acompanha os doentes. Na ficção "Para sempre Alice", a Autora narra o sentimento da professora renomada qeu aos poucos vai se perdendo de si mesma. Para mim, Alzheimer é isso: perder-se de si mesmo.
É um livro bonito e triste, mas que faz pensar. A manifestação precoce da doença normalmente está associada a uma mudança em determinados cromossomos, o que torna possível o diagnóstico por meio de exames. Então surge a questão que foi enfrentada no livro pelos personagens: você escolheria saber se terá essa doença no futuro?
Deus, como eu tenho medo disso. Chego a pensar como a Alice do livro e blasfemar que seria melhor ter um câncer do que Alzheimer.
Melhor mesmo é não ter nenhum dos dois e ser uma velhinha bem digna com meu colar de pérolas.
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