quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Complexos e tal

Certa vez eu ouvi a seguinte história:
Uma menina achava que tinha orelhas de abano. De fato, as orelhas eram um pouco de abano, mas era algo bem sutil. E ela escondia tanto as tais orelhas que ninguém reparava. Um dia, ela e mais alguns amigos estavam brincando de "Reino Animal": cada um seria um animal e deveria falar determinada frase quando fosse sua vez e, se errasse alguma coisa, deveria virar um gole de bebida. Então, cada um escolheu o bicho que queria ser, mas a menina ficou na dúvida e não conseguia se decidir. Um dos amigos resolveu para ela e disse que ela seria o elefante. A menina aceitou, mas ficou toda sem graça e magoada com o amigo. Por que? Ela, que só conseguia pensar nas sua orelhas de abano, ficou pensando que o amigo teve a intenção de compará-la com o Dumbo ao escolher que ela fosse o elefante.
Alguma lógica?
Tudo isso para dizer que quando temos algum complexo ou estamos chateados com alguma coisa, ficamos muito sensíveis e só conseguimos pensar no objeto do nosso problema. No caso da menina da história, ninguém nem reparou nas orelhas dela, mas ela viu coisas que não existiam.
Estou muito sensível nos últimos tempos. Tenho muitos assuntos mal resolvidos. E a cada dia descubro novos assuntos do passado que eu pensei ter resolvido, mas apenas os ignorei.
O comentário da minha mãe não foi dos melhores, ainda mais porque não foi a primeira vez que ela faz isso, mesmo que não tenha tido a intenção de magoar. É que qualquer sinal de rejeição aciona meu sistema de segurança.
Um dia desses, meu sogro nos contou que uma parente está grávida e concluiu que mulher magra fica grávida mais facilmente. Pronto, ele, mesmo sem saber, atingiu dois pontos fracos que eu tenho: estar acima do peso e querer engravidar. Fiquei calada e mudei de assunto, como se o comentário dele não tivesse me afetado. Guardei tudo para chorar embaixo do chuveiro. Saudável, não é? rsrs
Tudo isso para dizer que minha mãe não é um bicho-de-sete-cabeças.

Um comentário:

Ana disse...

Vc está muito profunda ... volta para os assuntos do dia-a-dia.
É melhor, confia em mim.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Complexos e tal

Certa vez eu ouvi a seguinte história:
Uma menina achava que tinha orelhas de abano. De fato, as orelhas eram um pouco de abano, mas era algo bem sutil. E ela escondia tanto as tais orelhas que ninguém reparava. Um dia, ela e mais alguns amigos estavam brincando de "Reino Animal": cada um seria um animal e deveria falar determinada frase quando fosse sua vez e, se errasse alguma coisa, deveria virar um gole de bebida. Então, cada um escolheu o bicho que queria ser, mas a menina ficou na dúvida e não conseguia se decidir. Um dos amigos resolveu para ela e disse que ela seria o elefante. A menina aceitou, mas ficou toda sem graça e magoada com o amigo. Por que? Ela, que só conseguia pensar nas sua orelhas de abano, ficou pensando que o amigo teve a intenção de compará-la com o Dumbo ao escolher que ela fosse o elefante.
Alguma lógica?
Tudo isso para dizer que quando temos algum complexo ou estamos chateados com alguma coisa, ficamos muito sensíveis e só conseguimos pensar no objeto do nosso problema. No caso da menina da história, ninguém nem reparou nas orelhas dela, mas ela viu coisas que não existiam.
Estou muito sensível nos últimos tempos. Tenho muitos assuntos mal resolvidos. E a cada dia descubro novos assuntos do passado que eu pensei ter resolvido, mas apenas os ignorei.
O comentário da minha mãe não foi dos melhores, ainda mais porque não foi a primeira vez que ela faz isso, mesmo que não tenha tido a intenção de magoar. É que qualquer sinal de rejeição aciona meu sistema de segurança.
Um dia desses, meu sogro nos contou que uma parente está grávida e concluiu que mulher magra fica grávida mais facilmente. Pronto, ele, mesmo sem saber, atingiu dois pontos fracos que eu tenho: estar acima do peso e querer engravidar. Fiquei calada e mudei de assunto, como se o comentário dele não tivesse me afetado. Guardei tudo para chorar embaixo do chuveiro. Saudável, não é? rsrs
Tudo isso para dizer que minha mãe não é um bicho-de-sete-cabeças.

Um comentário:

Ana disse...

Vc está muito profunda ... volta para os assuntos do dia-a-dia.
É melhor, confia em mim.